sábado, 5 de dezembro de 2009

176 - SOLIDÃO DE MENINO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Meus dezesseis anos ficaram em outro século...
O eu que era já não sou mais.
Mudei tanto que não me reconheço no passado.
Mas sempre fica um pouco.
A solidão dos dezesseis ainda aparece de vez em quando.
E ela me sorri como velha amiga...
Mas não sou seu intimo... Não mais...
No século passado no entanto, eu era um solitário
Criador de estórias e fantasias.
Cada pequeno objeto era um personagem:
Meus “eus” melhores, mais fortes, poderosos.
O eu real era um tímido e carente menino
Apaixonado sempre... Sofrendo sempre...
Não sou mais assim... Acho...
Hoje me relaciono melhor com
Os outros e sou compreendido...
Em parte...
Tenho heróis escondidos na mente
E crio estórias …
Mas sou diferente daquele solitário menino.
Acho...
Apaixonei e apaixono ainda.
E sofro de amor e de outras coisas...
Mas se ficou alguma coisa...
Ficou pouco...


A solidão senta em minha mesa
Às vezes... Mas não lhe ofereço
Cerveja...
Não sou mais seu intimo...

3 comentários:

  1. Nossa que legal que você escreveu no seu blog também sobre os dezesseis anos. Estamos criando uma corrente...

    A vida é maravilhosa não? Eu só quero ter mais um dia no paraíso, todos os dias. Apesar de tudo parecer ser mau ou dificil, na verdade é incrivel e intenso! Amo te ler!

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  2. essa aé em cima sou eu Kenia chan é que to logada na senha da minha irma e eu nem sabia

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  3. O cotidiano é uma grande inspiração. No fundo todo mundo passa de alguma forma pelas mesmas coisas... Igual mas diferente...
    Seus vôos são lindos... De que cor são suas asas?

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