domingo, 28 de fevereiro de 2010

266 - ABSINTO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Nada temos a dizer.
Somos iguais
Na indiferença.
Meu cotidiano
É o seu
E bebemos juntos
Nossas mágoas.
Como é triste
O seu mundo...
Reflexo do meu...
Sinto falta do passado
Quando você
Era você
E eu...
Somos iguais
Na tristeza.
A vida nos uniu.
Já não quero
Mais nada.
No passado
Queria você.
Hoje não vivo
Sem você...
Somos viciados
Na dor...
Somos quase um
Na dor...
Nada temos
A dizer...
Não é necessário
267 - OLHOS
Autor: Carlos Henrique Rangel


Como pesam
Meus olhos
Essas janelas
Nubladas
Que mal vêem
O mundo...
Esse é tão lindo
que às vezes
Não acho.


Tão colorido
De sorrisos
E lágrimas.
De vermelhos
Em sangue
E dourados
De Sol...


Como pesam
Essas persianas
Teimosas
Que cortam imagens...
Incomoda
Essa luz.
Esses volumes
Em cores...


Incomoda
Os sons
Que ferem
As pupilas.


Como pesam
Esses olhos
Que teimam
Em ver.


Tudo me fascina
Nessa obra aberta
Que me rodeia.
O mundo
É minha teia
E eu vejo.


Como pesam
Esses olhos
Teimosos
Em ver.

Um comentário:

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