250 - SIMPLES
Autor: Carlos Henrique Rangel
Cada vez mais simples
Eu escrevo você.
Você,
Complexa figura,
Somente simplificando
Para entender.
Mas o que você é
Não sei dizer com palavras...
Me veja...
Todo meu corpo
Reflete você.
O bem que sou
O mau que fiz
Tudo foi você
Em mim...
Como sou cruel
para te escrever assim...
Mas aconteceu.
Virei você.
E essa é a leitura que fiz.
Não lamento nosso encontro.
Talvez eu tenha sido culpado
De não saber você.
Me magoei por você.
Me transformei em você...
Sou você pior...
Dura e simples leitura...
Sou você pior...
Não te odeio
Nem te amo mais...
Sou como você agora.
Sou capaz de tudo
Mas amar
Jamais...
251 - AVENTUREIRA
Autor: Carlos Henrique Rangel
A água da sarjeta
Escorre leve
Como um rio.
E como um rio,
Pequenos barcos
Em folhas deslizam
Pelos seus caminhos.
Para onde corre
A água urbana?
Que caminhos são
Os deste pequeno rio?
A nascente eu sei,
Uma matrona
Esbanjando limpeza
Em sua calçada.
Mas a foz...
Mistério a ronda.
Quando criança
Acompanhava
Esses pequenos barcos
De folhas...
Nunca era o mar
O destino final.
O boeiro tragava
O aventureiro
E a criança lamentava
A triste sina...
Hoje o tempo
Não é o mesmo.
Não acompanho a folha.
Só lhe dou adeus
Desejando melhor sorte,
Melhor sina.
Sei que é o mar
O fim de todas as águas...
O grande espelho azul
Quase infinito...
Mas a criança,
Como o adulto
Sempre desejam
Melhor sorte
Às folhas aventureiras.
Suas poesias me transmitem muita sensibilidade, gostei dessas duas, não sei se foi mais da primeira ou da segunda.hehehe
ResponderExcluirMuito Boas!
___________________________________
Tenho aprendido muito,sinto que estou crescendo mentalmente a cada dia. :)
capiturar as coisas simples do cotidiano e os sentimentos escondidos na alma... Estou tentando.
ResponderExcluirVocê não escreve.
ResponderExcluirVocê flui!
Obrigado... Realmente gostaria de fluir...
ResponderExcluir