sábado, 20 de fevereiro de 2010


258 - POEMA RASGADO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Rasguei o poema
Que lhe escrevi.
Não merece
A cor da minha tinta
Mesmo que descartável
Seja nosso amor.
Você não é minha
Nem eu sou seu.
Nunca fomos donos...
Ninguém o é...
Mas o respeito
Eu o tenho em conta
Mesmo que não
Seja nada para você.
Os seus beijos
Eu guardo
Em um canto da boca
Mas estão no passado...
Como é duro o passado...
E você passou.
Rasguei o poema
Que lhe escrevi.
As marcas nos meus dedos
Não são mais para ti.



259 - SABER
Autor: Carlos Henrique Rangel

Houve um tempo
Que sabia tudo...
Achava.
Como o filósofo
Nada sei.

De tudo
Sei alguma coisa
De nada.
E o pouco que sei
Reparto em pedaços
Aos que menos sabem.
Há mais por saber,
Principalmente sobre você.

Houve um tempo
Que sabia você...
Achava.
Não sei de nada
E é bom não saber.

Minha vida é descobrir
Você.
E você é tão mais
Do que eu sabia
Que cada dia é euforia
E me sinto sábio
De você.
Serei especialista
Um dia?
Isso importa?

Houve um tempo
Que sabia tudo.
Achava...
Hoje não sei
Nada de nada
E um pouco de tudo.
De você,
Um pouco mais.

Um comentário:

  1. O que eu posso fazer se as poesias queimam em minhas mãos e quero joga-las ao vento para serem consumidas, devoradas, descartadas?
    Eu não dou tempo a ninguém ... Eu sei...

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