Autor: Carlos Henrique Rangel
Rasguei o poema
Que lhe escrevi.
Não merece
A cor da minha tinta
Mesmo que descartável
Seja nosso amor.
Você não é minha
Nem eu sou seu.
Nunca fomos donos...
Ninguém o é...
Mas o respeito
Eu o tenho em conta
Mesmo que não
Seja nada para você.
Os seus beijos
Eu guardo
Em um canto da boca
Mas estão no passado...
Como é duro o passado...
E você passou.
Rasguei o poema
Que lhe escrevi.
As marcas nos meus dedos
Não são mais para ti.
259 - SABER
Autor: Carlos Henrique Rangel
Houve um tempo
Que sabia tudo...
Achava.
Como o filósofo
Nada sei.
De tudo
Sei alguma coisa
De nada.
E o pouco que sei
Reparto em pedaços
Aos que menos sabem.
Há mais por saber,
Principalmente sobre você.
Houve um tempo
Que sabia você...
Achava.
Não sei de nada
E é bom não saber.
Minha vida é descobrir
Você.
E você é tão mais
Do que eu sabia
Que cada dia é euforia
E me sinto sábio
De você.
Serei especialista
Um dia?
Isso importa?
Houve um tempo
Que sabia tudo.
Achava...
Hoje não sei
Nada de nada
E um pouco de tudo.
De você,
Um pouco mais.
O que eu posso fazer se as poesias queimam em minhas mãos e quero joga-las ao vento para serem consumidas, devoradas, descartadas?
ResponderExcluirEu não dou tempo a ninguém ... Eu sei...