sábado, 13 de março de 2010

278 - OLHOS VAZIOS
Autor: Carlos Henrique Rangel

Vazios...
São vazios
Os seus olhos.
Nada dizem
De você.
No entanto,
É você,
Triste menina
Que guardo
Em minha retina.
Você quase não existe
Em sua singularidade.
Te vejo em tantas
Que me confundo.
Quantas são?
Mesmo não sendo,
Você é.
E eu...
Sou contradição poética
Te dizendo uma
Te dizendo muitas.
Vazios...
São vazios
Os seus olhos.
Como estão
Cheios de você...

279 - IGUAL
Autor: Carlos Henrique Rangel

Você que passou
Eu a vi
Décadas atrás
E, no entanto
Não era você.
Quantas são iguais
Mas não são?
Tudo me parece comum
Mas nada o é.
O único se repete
Tantas vezes...
Mas é,
Em essência
Tão diferente.
Os lugares comuns
Nada têm
De comuns.
São únicos...
Mas como
Parecem iguais...
Cada olhar
Que vejo igual,
Quão diferente
É...
Surpreenda-me mundo!

3 comentários:

  1. Estou brincando no campo do Senhor...
    Somos únicos mas tão iguais...
    Quantos iguais diferentes existem?

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  2. Você escreveu maravilhosamente essas poesias!

    Parabéns!:D

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  3. O que está cheio não pode ser completado.
    Devemos nos esvaziar do que não é mais útil para que novas Ondas de conhecimentos e descobertas apareçam.

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