sábado, 27 de março de 2010

285 - Alguns Porquês
Autor: Carlos Henrique Rangel

Se não me quer
Por que me olha?
Se me olha
Por que não me quer?

Eu te olho
Eu te quero.
Se não olhasse
Não te queria.

Por que me observa
Se me nega?
Se me nega
Por que me observa?

Eu te observo
Eu não te nego.
Se não te observo
Te nego...

Por que não me quer
Se eu te olho?
Por que me nega
Se te observo?

Você me olha
Você me observa.
Me queira
Não me negue.
Serei seu
Serás minha.
Serás minha
Serei seu...

Serás minha...

286 – OLHOS ABERTOS
Autor: Carlos Henrique Rangel

De olhos
Bem abertos
Eu vi os seus.
E eram verdes
Como o espelho
Do rio.
Esmeraldas vivas
Que me faziam
Vivo.
Quanta juventude
Vi
No brilho que vi.
E você era tudo
E eu...
Um nada carente.
De olhos
Bem abertos
Te vi desfilar
E lamentei
Ser o que sou.
Essas pedras verdes
Não me verão
E eu,
Não pisarei o rio...
Somente em sonhos...

Sempre os olhos...
Fascínio...
Janelas da alma
Que mostram o que não se pode ver.
Os olhos falam das verdades mais íntimas.
Aquelas que tememos entender.

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