quinta-feira, 25 de março de 2010

283 - BANHISTAS
Autor Carlos Henrique Rangel

Quem são as meninas
Que se mostram
Livres na outra margem?
Não as vejo e as quero.
São deusas?
São ninfas?
São banhistas...
Eu que não as tenho nítidas
Não existo.
Elas ficam.

Eternas serão.

Eu não...

A água está fria.
Não estragarei
A composição...


284 - POETA TORTO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Serei o poeta
De um mundo sem rumo.
Que diz verdades
Desencontradas
E sonha com fadas aladas.
Serei o poeta
Das coisas comuns.
Que parecem incomuns
Para os que sabem.
Serei o verso
Desorientado
Que fala de chuvas
Esquinas e formigas.
Que chama estrelas
De amigas...
Serei o amante
Solitário que sorrir
Para a musa
Inspirado em dor e amor.
Eu sou o anjo torto
De um mundo torto.
Cantor do visto
E do relido.
Que ama estar
Aqui.
Serei o poeta revisto.
Revisor de mitos
Sonhando melhor
Pensando no Paraíso.
Não me veja mal.
Me veja bem.
Sou poeta,
E os poetas
Vêm além...
Sou poeta
De um mundo perdido.
Quase sábio.
Quase amigo...
Digo verdades
Desencontradas
E sonho
Com fadas aladas...

2 comentários:

  1. Dois artista me inspiraram:
    Cezanne com suas banhistas e seu jeito de ver o mundo pelas cores dos pincéis e Drummond, esse anjo torto de sabedoria simples que um dia caminhou por essas Minas tão gerais.

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