domingo, 28 de novembro de 2010

TEÇAI TANUCINAÇU
Autor: Carlos Henrique Rangel


Aquele dia de sol em que a rua brilhava
Prometia diversão domingueira ao lado de amigos iguais.
Reunir a turma era a missão primeira e eu o fiz.
Lembro ainda hoje do acontecido...
Fui chamar um dos amigos para a partida de bola.
Era o primeiro, o mais próximo...
Chamei pelo nome,o tal.
Após alguns instantes uma de suas irmãs se mostrou e com a voz rouca me informou
- Teçai tanucinaçu.
Eu não entendi a língua, dialeto o sei lá o que dizia aquela estranha menina.
- o quê?- Perguntei abobalhado.
Ela, com má vontade, repetiu a mensagem:
- Tessai tanucinaçu.
Vendo pelo meu rosto que a dúvida prevalecia, resolveu chamar ajuda da única irmã que havia. Gritou alto o seu nome para que viesse acudir:
- Caçaçunia! Caçaçunia!
A tal menina mais nova, de estranho nome apareceu e como salvadora que era se apresentou.
- Olá, sou Cácia Junia. Procura o Dejair?
- Sim, mas não entendi onde está.
A primeira irmã, a zangada, respondeu de novo a fala estranha.
- Teçai tanucinaçu!
- Como? – Perguntei novamente agora implorando ajuda a mais nova das irmãs.
- Ela disse que o Dejair está no Ginásio. - Respondeu a mais nova.
- Ah tá... – Concordei segurando o riso.
Fui então para o Ginásio.
Nunca mais esqueci da Caçaçunia e nem que o teçai tava no cinaçu...

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