sexta-feira, 23 de abril de 2010

321 - SOLIDÃO III
Autor: Carlos Henrique Rangel

Por quê?

Sou sua companhia...
Sem mim
Que será de ti?
Com quem lamentará Suas dores?
Quem te enxugará as lágrimas
Quem te acalentará o sono?
Sou sua amiga/salvação
Sua sina
Sua companhia
Sua maldição...


322 - Da gazela
Autor: Carlos Henrique Rangel

Aqueles
Pés sobre a areia
Como gazela
Em terreno conhecido...
O Mar te sabe
E te acaricia...
E te chama de minha...
Esse poema
Em folha macia
Não tem palavras
É pura POESIA.

323 - LÁGRIMAS
Autor: Carlos Henrique Rangel

Esse rio que goteja
suas águas
de alegria e tristeza
segue pelos sulcos
que o tempo talhou.
Também essas águas
de rio salgado
moldam a máscara,
Desenham o que sou...



VAZIO
Autor: Carlos Henrique Rangel

O vazio diz
Mais sobre tudo.
Um grande nada
Pode ser tudo.

A novidade
a caminho...

Um comentário
Sobre nada
É nada...
E diz tanto...

Ser vazio
É uma expectativa
de um dia ser cheio.
Tudo pode ser
Quando há espaço.
Quando o nada
Está cheio
de possibilidades.

Uma folha em branco
Espera conteúdo.
O que se pode esperar
Quando nem folha há?

VAZIO...

324 - HÓSTIA
Autor: Carlos Henrique Rangel

Hoje lí um poema salvador.
Um poema redentor.
Um poema quem me perdoa os males
e me faz melhor...
Dê-me essa hóstia sagrada.
Que eu possa voar aos Céus
Em suas palavras...

325 - TEMPORAL
Autor: Carlos Henrique Rangel

Por que sou homem temporal
preciso do que seja eterno
mesmo que eterno seja
apenas em minha mente.
Minha mente envelhece
Mas não mente...


326 - PRISIONEIRO SEU
Autor: Carlos Henrique Rangel

Aprisionado
Em minha solidão
Só você
No meu coração...
Só você
Me acompanhando
As idas e vindas
Dos caminhos
Que me forço a seguir
Fingindo vida.

Sim,
Você ainda...
E eu, esse solitário
Prisioneiro de você
Caminho como sonâmbulo
Repetindo asneiras triviais
Comuns às pseudo-vidas.

Ai de mim...
Pobre solitário
Acompanhado de ti...
Morrerei mil vezes
E você estará aqui...
E você não estará aqui...

Aprisionado
Em minha solidão
De você
Eu caminharei
Pelo mundo...

Ai de mim...
Pobre de mim...

 



8 comentários:

  1. Tanto para se ler...
    Tanto para escrever...
    Eu espero vocês
    Eu...
    Não espero vocês...

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  2. Vazio é um poema antigo escrito em um momento vazio...

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  3. Tantas poesias em uma única postagem...
    Eu sei,
    Borbulham coisas nesta cabeça ociosa...

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  4. Gostei de todas, mas em especialmente de 'vazio'.

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  5. como sempre, incomum e unico, singular...

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  6. momentos vazios são preenchidos por si mesmo

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  7. Não há nada realmente vazio.
    Tudo está cheio de significados
    Mensagens , verdades...
    O universo é um vazio pontilhado de astros?
    Ou um grande e denso nada?
    Tudo é tão cheio...
    Mesmo o vazio...

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  8. Ha Proteus, como me é familiar este vazio ruidoso, esta solidão de mãos dadas, este burburinho da multidão de vazios que desfilam nas noites da alma. Imensamente solitário tantas vezes e intensamente acompanhado, paradoxalmente. E, nós reles mortais a desfilar pensamentos à inexorável roda da fortuna que se chama quotidiano.

    Viajei!

    Adorei ler, é como se uma frestinha neste mostrasse um pouco do homem por detrás do semi-Deus.

    BEIJO!

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