321 - SOLIDÃO III
Autor: Carlos Henrique Rangel
Por quê?
Sou sua companhia...
Sem mim
Que será de ti?
Com quem lamentará Suas dores?
Quem te enxugará as lágrimas
Quem te acalentará o sono?
Sou sua amiga/salvação
Sua sina
Sua companhia
Sua maldição...
322 - Da gazela
Autor: Carlos Henrique Rangel
Aqueles
Pés sobre a areia
Como gazela
Em terreno conhecido...
O Mar te sabe
E te acaricia...
E te chama de minha...
Esse poema
Em folha macia
Não tem palavras
É pura POESIA.
323 - LÁGRIMAS
Autor: Carlos Henrique Rangel
Esse rio que goteja
suas águas
de alegria e tristeza
segue pelos sulcos
que o tempo talhou.
Também essas águas
de rio salgado
moldam a máscara,
Desenham o que sou...
VAZIO
Autor: Carlos Henrique Rangel
O vazio diz
Mais sobre tudo.
Um grande nada
Pode ser tudo.
A novidade
a caminho...
Um comentário
Sobre nada
É nada...
E diz tanto...
Ser vazio
É uma expectativa
de um dia ser cheio.
Tudo pode ser
Quando há espaço.
Quando o nada
Está cheio
de possibilidades.
Uma folha em branco
Espera conteúdo.
O que se pode esperar
Quando nem folha há?
VAZIO...
324 - HÓSTIA
Autor: Carlos Henrique Rangel
Hoje lí um poema salvador.
Um poema redentor.
Um poema quem me perdoa os males
e me faz melhor...
Dê-me essa hóstia sagrada.
Que eu possa voar aos Céus
Em suas palavras...
325 - TEMPORAL
Autor: Carlos Henrique Rangel
Por que sou homem temporal
preciso do que seja eterno
mesmo que eterno seja
apenas em minha mente.
Minha mente envelhece
Mas não mente...
326 - PRISIONEIRO SEU
Autor: Carlos Henrique Rangel
Aprisionado
Em minha solidão
Só você
No meu coração...
Só você
Me acompanhando
As idas e vindas
Dos caminhos
Que me forço a seguir
Fingindo vida.
Sim,
Você ainda...
E eu, esse solitário
Prisioneiro de você
Caminho como sonâmbulo
Repetindo asneiras triviais
Comuns às pseudo-vidas.
Ai de mim...
Pobre solitário
Acompanhado de ti...
Morrerei mil vezes
E você estará aqui...
E você não estará aqui...
Aprisionado
Em minha solidão
De você
Eu caminharei
Pelo mundo...
Ai de mim...
Pobre de mim...
Tanto para se ler...
ResponderExcluirTanto para escrever...
Eu espero vocês
Eu...
Não espero vocês...
Vazio é um poema antigo escrito em um momento vazio...
ResponderExcluirTantas poesias em uma única postagem...
ResponderExcluirEu sei,
Borbulham coisas nesta cabeça ociosa...
Gostei de todas, mas em especialmente de 'vazio'.
ResponderExcluircomo sempre, incomum e unico, singular...
ResponderExcluirmomentos vazios são preenchidos por si mesmo
ResponderExcluirNão há nada realmente vazio.
ResponderExcluirTudo está cheio de significados
Mensagens , verdades...
O universo é um vazio pontilhado de astros?
Ou um grande e denso nada?
Tudo é tão cheio...
Mesmo o vazio...
Ha Proteus, como me é familiar este vazio ruidoso, esta solidão de mãos dadas, este burburinho da multidão de vazios que desfilam nas noites da alma. Imensamente solitário tantas vezes e intensamente acompanhado, paradoxalmente. E, nós reles mortais a desfilar pensamentos à inexorável roda da fortuna que se chama quotidiano.
ResponderExcluirViajei!
Adorei ler, é como se uma frestinha neste mostrasse um pouco do homem por detrás do semi-Deus.
BEIJO!