Autor: Carlos Henrique Rangel
Nós que amávamos
Muito a solidão
Também a odiávamos.
E na multidão
De vazios
Ela imperava
Nos acolhendo
Em cantos de mesas
Acompanhados
Das mais frias cervejas.
Era nesse observatório
Invisível
Que vigiávamos
Os felizes
E os invejávamos.
Éramos sós
Por opção imposta
E amávamos
A solidão que odiávamos
E aos felizes
Que desprezávamos.
Nós que amávamos
Muito a solidão
Não a queríamos
E sonhávamos
Com a alegria
Dos normais.
319 - ESQUECIMENTO
Autor: Carlos Henrique Rangel
Eu sei,
Esqueci você.
Já não dói
No peito
A falta de seus beijos.
Ou o pedaço
De carinho
No rosto.
Já não chovem
Lágrimas
Sobre a face
Quando penso
Em seu sorriso.
Esqueci você
Numa esquina
Qualquer
Abraçando
Garrafas vazias.
Já não te encontro
Na cama
E nem procuro.
Já beijei
Outros lábios
Sem sentir
Os seus
E nem sonho
Com os seus olhos
Que olhavam os meus...
Esqueci você...
E o que fizemos
Juntos...
Não somos mais
Nada
Um para o outro.
Eu sei,
Esqueci você...
ACHO...
Maravilhosos os dois poemas!Não há palavas para descrever, mas a poesia nos passa tanta emoção!
ResponderExcluir*___*
"E nem sonho
Com os seus olhos
Que olhavam os meus...
Esqueci você..."
Esse trecho que você escreveu está perfeito!
Boa Tarde!
Obrigado Fran.
ResponderExcluir