domingo, 4 de abril de 2010

301 - FARDO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Os comuns não sabem,
Mas o vazio pesa
E nos curva.
Meus fardos vazios
Eu os mantenho abertos.
Sempre cabe mais
Nesse vazio que pesa.
E recolho pelo caminho
Os nadas que curvam os ombros...
Ai de mim
Que não sei
Distribuir meus vazios...
Mas são meus,
E ninguém os merece.
A cada um os seus...
Meus fardos,
Eu os carrego conformado.
São meus eus.
Estão em tudo que faço.
Cicatrizes invisíveis
Que me curvam a alma...

MINTO.

Os comuns sabem.
Também eles carregam
Fardos vazios...
Também eu sou  um comum.

302 - ALMAS TANTAS
Autor: Carlos Henrique Rangel

Somos tantos
Que devemos dar voz a todos...
Que venha
O ser alegre,
O triste,
O solitário,
O perdido,
O feliz...
Minha alma
São tantas
E transpira poemas.
Que seja assim...
Que seja assim...


2 comentários:

  1. FIcou perfeito...
    Ai de mim
    Que não sei
    Distribuir meus vazios...
    Mas são meus,
    E ninguém os merece.
    A cada um os seus...

    E vazios pesam a alma que cansada busca alinho, vazios pesam os olhos, que cansados se fecham... vazios pesam, vazios pesam... bjusssss

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