sexta-feira, 4 de junho de 2010

364 - RIO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Eu derramo meu rio
Por você.
Banho as margens
Enrugadas em cascatas
E é só por você.
Por quê?
Meu rosto úmido
Te satisfaz?
Há prazer no verter?
As nascentes
Observam-te nesse adeus
E você nem ai...
Há vida no rio salgado
Que deságua em torrentes
E você nem ai...
A despedida
É quase uma súplica
Gritando-te FICA.
Nada mais fica...
Nem mesmo as lágrimas
Nos olhos...
Você parte
Como se nunca
Fossemos nada...
Você nunca
Será nada... Para mim.
Eu continuo derramando
Meu rio por você...

365 - SEDE
Autor: Carlos Henrique Rangel

Mata essa sede
Que corrompe o corpo
Essa cobertura d’alma.
Deixa beber o que puder
Desse frasco salvador
Saciar esse desejo
Que não é só meu
Também é seu.
Mata essa sede
Que escraviza o corpo
E transforme em
Prazer o que é quase dor.

366 - SENTIDO
Autor: Carlos Henrique Rangel

O sentido
Só tem sentido
Se for sentido.
Eu sinto muito
Esse amor...
Você sente?
Ou acha?
Tudo que faço
Tem sentido...
Quase...
O que sinto
Por você
Tem sentido...
Eu sinto muito...
Esse amor.


367 - SALVO
Autor: Carlos Henrique Rangel

Eu vi o Céu em seus olhos
e era cor de mel.
Serei digno de entrar no paraíso?
Terei assento em seus jardins?
Sou pobre mortal
Admirando deusa...
Serei feliz com um sorriso...

Mulher, eu não sou digno
De suas palavras...
Mas me dê esse olhar
E serei salvo...

368 - PONTOS DE LUZ
Autor: Carlos Henrique Rangel

Nos pontos de luz
Eram suas asas
Que eu via
Em meu delírio
De você.
Enquanto
A cerveja
Me esperava,
Meus olhos
Te observavam
Minha fada...
Minha deusa...
Sua falta presente
Na mesa
Era minha
Companhia.
Os pequenos
Pontos de luz
De meu delírio
Me sorriam.
Asas douradas
Que não vejo...
Você
Que eu desejo..




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