quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

                                                                     Roman Opalka
442 - EU
Autor: Carlos Henrique Rangel

Eu,
Que me quero eterno.
Sou mera brisa
Nesse vendaval.
Nada pára o nascer dos dias.
Nada detém a noite
E suas estrelas quase infinitas...
Nada há que seja infinito...
Morrem as coisas que têm vida...
E eu a tenho
Ainda que duvidem...

Eu,
Que quero ser eterno
Sou grão de areia
Entre grãos.
Cada dia me aproxima
De ser grão
Ou o pior... Pó.

Eu,
Que me quero eterno
Pobre de mim...
Sou carne que envelhece.
Se sou mais que isso...
Só Deus...
Se infinita é a alma
É bom que ela exista.
Nada mudará se ela não...
Serei sempre
Um ser que passa...

Eu,
Que me quero eterno
Sou finito que se transforma.
Nada se perde...
Tudo se modifica.
Assim serei...





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