SOBRE
LAMAS E SANGUE
Autor:
Carlos Henrique Rangel
De
novo
Há
sangue nas ruas
Em
matas e rios.
A
lama que cobre o rosto
Tem
tonalidades rubras
Mancha
vulgar quase cotidiana
Que
percorre sarjetas humanas
E
rios de morte...
A
vida como moeda pobre
Desprezada
pelo outro
Nos
cantos do mundo.
O
estranho é apenas o outro
Descartado
a bala...
Soterrado
em lama...
De
novo o ódio
Que
se diz religioso
Transformando
o sangue
Em
pichação urbana.
De
novo os cifrões
Em
forma de rejeitos
Afogando
gente, bichos e rios.
Quem
morre nada vale
Quem
mata...
Muito
menos.
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